Ai, essa maldita geração y (ou z, nunca sei) que busca o sucesso.
Eu poderia simplesmente querer ser funcionária pública numa prefeitura de uma cidadezinha qualquer do interior, ganhar um salário qualquer, casar e ponto.
Eu poderia simplesmente ser igual a minha mãe: ser dona de casa e cuidar dos filhos.
Eu poderia sonhar coisas tradicionais e simples. Ao menos se eu "soubesse namorar", mas isso é assunto pra reclamar em outra ocasião...
Mas eu resolvi sair de casa e ir pra uma universidade famosa em busca do sucesso. Estou fazendo o que me falam que é bom fazer. E vejo meus pais uma vez por mês.
Minha razão diz que é o certo. Minha emoção diz que eu deveria ficar junto ao que me é seguro, junto da minha família. Conhece aquele papo de Carpe diem? Chora o dia perdido. "Colhe o dia presente e sê o menos confiante possível no futuro".
Essas dúvidas todas surgem em meio de lágrimas no período de provas e após entrar para uma empresa júnior. Aquele lugar cheio de pessoas mostrando-se felizes e sonhando com uma carreira brilhante.
E o que é uma carreira brilhante? Entrar numa empresa, ganhar bem e fazer alguém ganhar mais dinheiro ainda. Vender porcarias. Sei que dinheiro é útil, mas às vezes bate aquele sentimento meio comunista...
De quanto e do que eu preciso pra viver?
Enfim, eu não sei o que estou fazendo com a minha vida e talvez esteja precisando de algum antidepressivo/ansiolítico que não afete a memória. Ou de terapia...
